Quando nossa equipe ingressou no mercado de sistemas de energia, em 1987,
os equipamentos atuais, o perfil da demanda por energia elétrica,
bem como conceitos como "Alta Disponibilidade" eram inimagináveis.
Os CPDs das grandes corporações, com seus Main Frames (impossível
não citar: Azuis) consumiam centenas de KWatts de energia elétrica,
proporcionando pelos padrões atuais, capacidades ínfimas
de processamento. Os bancos usando terminais de frente de caixa alimentados
por corrente contínua, máquinas de telex, memórias
quantificadas em kbytes...
A energia elétrica fornecida pelas concessionárias estatais
era pouco estável. Sua disponibilidade era testada a cada sinal
de chuva forte (muitas vezes sem elas também...). As companhias
de energia não contavam, sequer, com parâmetros para definir
o que é e como medir, qualidade de energia.
Hoje, o abastecimento comercial melhorou muito e a tendência, felizmente,
é que se torne cada vez mais confiável.
Olhando para os equipamentos de energia, o desenvolvimento de novos componentes
representou um salto em tecnologia para os no-breaks, estabilizadores
de tensão, protetores de surto e mesmo, instalações
de alimentação e distribuição elétrica.
Diminuição radical de volume, aumento de eficiência
e obviamente, barateamento. O componente mágico que armazena energia
elétrica sob o formato de reação química,
também viveu uma revolução. Infelizmente, as baterias
ainda são volumosas para grandes capacidades, e, empregam metais
pesados e ecologicamente agressivos em sua composição.Em
contrapartida, reduziram a níveis quase imperceptíveis a
emanação de gases, e, hoje, operam em qualquer posição,
sem vazar!
Foi comum, a partir de 1993/94 ver CPDs de grandes empresas, alimentados
por estabilizadores de tensão e instalações para
400/500 KVAs de capacidade, reduzirem seu consumo total para 50/30 KVA.
A micro informática multiplicou a capacidade de processamento e
as possibilidades dos sistemas. Ao mesmo tempo barateou e tornou seu uso
acessível para quase todas as camadas empresariais. A busca frenética
por produtividade, gatilhada a partir de 1995, teve na informatização
um grande aliado. As máquinas e sistemas acumularam sobre si o
trabalho de muitos profissionais do passado: sem encargos sociais, férias,
e... quase, à prova de falhas.
Não é mais necessário pensar em ônibus espacial,
ou então, aeroportos e hospitais para ver o quanto este "quase"
é desconfortável e impactante em nossas vidas.
O desenvolvimento é rápido demais e qualquer variável
no equacionamento dos projetos atuais deve rapidamente ser substituída
por uma constante convincente. Esta é a preocupação
de todos os profissionais envolvidos com tecnologia. Qualquer possibilidade
de falha, pequena que seja, não pode ser vista como uma opção
válida.
Sabemos disto.
O desafio de fornecer soluções de infra-estrutura e manutenção
compatíveis com as tecnologias e aplicações atuais
não é pequeno.
Temos consciência da responsabilidade e da direção
a seguir.
Luiz Augusto Baldini
Diretor Técnico    
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